“Tudo que é seu encontrará uma maneira de chegar até você” – Chico Xavier
Largado por Máximo Ternura | Largados Comentaram ( 6 )

Dia 6 de Setembro de 1822, Capitania de Santos, Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
— Meu senhor, não acha que comer buchada irá fazer mal amanhã na viagem?
— Relaxa Boni.
— Mas…
— Boni, Boni… acabei de sair na porrada com meia dúzia de bêbados na esquina da Vila Belmiro, tenho que subir a serra montado num burrico e ainda tem a porra dos primos enchendo a paciência porque eu quis ficar no Brasil. EU MEREÇO UMA BUCHADA!
“Ai, meu ovo”
“Ai meus cornos, sou Príncipe Regente e tenho quase que pedir permissão para fazer qualquer coisa”, pensou Don Pedro. Apesar de se chatear, gostava muito de José Bonifácio, era um amigo de verdade. Boni já o tinha tirado de muita confusão, como daquela vez que teve que comprar dez cabras albinas cegas para dar de presente a um barão um tanto corneado.
Ah, a Baronesa…
Enquanto subiam a serra, Seu Alcântara como era chamado respeitosamente pelos escravos, servos, putas e amigos, começou a sentir os efeitos de uma certa buchada que havia comido na noite anterior. “Devia ter ouvido o Boni” disse em voz baixa. Essa frase inclusive, ao contrário do que dizem os livros de história, é na verdade uma das mais famosas de Don Pedro, perdendo apenas para as lendárias “Dá licença minha querida” e “Porra Mano Menezes!”.
Dizem que ele segurou o máximo que pôde, afinal, que príncipe regente não seria orgulhoso? Mas chegou um momento em que gritou “PARA TUDO” (mais uma de suas famosas), em meio a olhares de súbita e falsa preocupação ele disse “Boni, dá uma chegada aí”. José Bonifácio se aproximou com seu burrico pardo e o que se seguiu foi mais ou menos assim:
— Eu preciso, hum… você tem alguma coisa preu ler?
— Como assim?
— Qualquer coisa, carta, receita de fubá, qualquer coisa.
— Mas… fubá é milh..
— Foda-se o fubá, tem alguma coisa pra ler aí? Não consigo evacuar sem ler alguma coisa. Serve até carta de alforria.
— Tenho algumas cartas aqui, uma em especial que estava esperando o momen…
— Tá tá tá, manda aí.
José Bonifácio entregara as cartas a Don Pedro que se dirigiu rapidamente para uma das moitas altas que surgiam ao longo das nascentes do Rio Ipiranga. O Príncipe estava com uma disenteria animal. Enquanto fazia suas necessidades, ia passando pelas cartas. Conta de luz, telefone… Aluguel de três baronesas, uma duquesa e uma quenga ruiva que era o catiço, pensão, pensão, pensão. Até chegou a três cartas. Uma reconheceu já se decidiu que seria aquela a escolhida como papel higiênico, a carta tinha o brasão da coroa portuguesa.
Abriu e leu:
“Pidrinho… volte para casa. Saia logo dessa imundice, e venha para a corte. Desde que Maria e suas asinhas de frango foram para a França, o Brasil está fadado ao eterno fracasso. Será um país vivendo sempre a sombra de um potencial, viverás junto a sombra do que poderia ter sido?
Volta agora que eu tô mandando. Venha filhinho.”
A carta que se seguia era do próprio Bonifácio.
“Cara, na boa? Chega. Portugal não vai parar de encher o saco enquanto Cristiano Ronaldo não for melhor que Messi e enquanto você não voltar para lá. Dê logo um basta nisso. Torne o Brasil independente!”
A terceira era de sua mulher. Não chegou a ler. Estava irado. Se limpou e voltou à comitiva que o esperava. Todos o olhavam incrédulos. Ali parado estava o Príncipe Regente todo borrado, com as calça arriadas, olhando para cima com o sabre empunhado apontando para o céu. Ali mesmo, Don Pedro cunhou o que seria sua sexta frase mais famosa de todos os tempos:
“INDEPENDÊNCIA OU MORTE!”.
O resto, dizem, é história.
Dia 4 de Julho de 1888, Ateliê de Pedro Américo, Areia, Estado da Paraíba.
– Ele estava borrado e com as calça arriadas quando gritou “Independência ou morte!” para seis ou nove gaiatos?
– É o que dizem.
– O momento mais célebre da breve história desse país foi simplesmente um… um…
– É. Pois é.
Completamente aturdido, Pedro Américo andou pelo ateliê com as pernas bambas. A imagem que tinha do vigoroso brado retumbante às margens do Ipiranga era mais… mais… heroica. Sem acento, mas heroica. Um primo sempre disse que contavam, no Rio de Janeiro, que havia até bestas selvagens, rinocerontes montados por pigmeus assassinos enviados da coroa portuguesa.
Não podia ser. Sua obra prima vinha sendo planejada há anos. Não poderia fazer um quadro de um homenzinho de ressaca, todo borrado, gritando para duas pessoas.
Foi quando ele olhou para uma revista, aberta em uma matéria falando sobre o maravilhoso quadro Napoleon at Friedland de Jean-Louis Meissonier, e pensou “É… tem potencial.”

Site de origem ► PAPO DE HOMEM Autor ► Pedro Turambar
Largado por Zoto | Largados Comentaram ( 2 )
QUEM MANDOU BEM NESSA IMAGEM

Deide costa disse:
Kid bengala no banheiro.
Sidruga disse:
eu mijando no banheiro ao lado………
Máximo Ternura disse:
Alguém está mijando de ponta cabeça
Mansuetude disse
Precisa ver quando a bexiga estiver cheia.

Largado por Zoto | Largados Comentaram ( 8 )
A sala de espera estava lotada de passageiros para o vôo 171, da Gaivota Airlines, que já estava meia hora atrasado. As aeromoças tentavam tranquilizar os passageiros, dizendo que a equipe de voo ainda estava a caminho, quando de repente aparece o copiloto, todo uniformizado, de óculos escuros e de bengala, tateando pelo caminho. Uma das aeromoças da companhia o encaminha até o avião enquanto os passageiros não acreditam no que veem. Ela logo trata de se explicar:
— Sei que pode parecer estranho, mas apesar do Comandante Walter ser cego, ele é o melhor copiloto da companhia!
Os passageiros ficam apreensivos e, alguns minutos depois, chega um outro funcionário, também uniformizado, de óculos escuros e de bengala, amparado por uma prestativa aeromoça, que toma a frente e diz, cheia de convicção:
— Senhores passageiros, apesar do piloto Inácio ser cego, ele é o melhor piloto da companhia e, juntamente com o seu irmão, formam a melhor dupla que esta empresa já teve!
Todos os passageiros ficam chocados e surpresos com a cena, mas mesmo assim decidem embarcar no avião. O comandante avisa que o avião vai levantar voo e começa a correr pela pista, cada vez mais rápido. Todos os passageiros se olham, suando e com muito medo da situação. O avião vai aumentando a velocidade e nada de levantar voo. A pista está quase acabando e o avião nem dá sinal de sair do chão. Todos começam a ficar cada vez mais apavorados. O desespero toma conta dos mais medrosos, enquanto alguns ainda ficam firmes, confiando na competência cega dos pilotos. Alguns segundos depois nem esses se seguram e todos começam a gritar histericamente e só se acalmam quando o avião decola, ganhando o céu, subindo suavemente, provando a competência dos pilotos cegos.
Todos ficam aliviados até que o piloto, que ainda não havia desligado o microfone, vira-se para o copiloto e diz:
— Já pensou se algum dia o pessoal não gritar?
Largado por Zoto | 1 largado comentou

O Aeroporto Fiumicino de Roma começou a usar ” capacetes inteligentes ” equipados com scanners térmicos para identificar pessoas com o sintoma de COVID-19
O capacete permite análises online e de uma distância segura – até sete metros . A tecnologia do capacete é semelhante à já utilizada por policiais na China.
Aeroporto Fiumicino – o primeiro na Europa , a aplicar essa tecnologia de digitalização.
Vídeo© ️ Reuters
Largado por Zoto | Largados Comentaram ( 2 )