Embora o marxismo original tenha, ao redor do mundo, praticamente desaparecido dos movimentos trabalhistas, a teoria marxista segue prosperando nas instituições culturais, no mundo acadêmico e na mídia convencional.
Mas não se trata da teoria marxista econômica convencional. Trata-se de um novo marxismo, adulterado e sob uma nova roupagem.
Os socialistas de hoje praticamente abandonaram a velha retórica da “luta de classes”, a qual envolvia uma batalha entre as classes capitalistas e proletárias. Há agora uma nova batalha, a qual opõe “opressores” a “oprimidos”. As classes oprimidas incluem os grupos LGBT, os negros, as feministas, os imigrantes, os “não-assimilados culturalmente” e várias outras categorias consideradas mascotes. Já a classe opressora é formada majoritariamente por homens e mulheres cristãos, brancos e heterossexuais, de qualquer profissão (empregado ou empregador), que não sejam ideologicamente simpáticos ao socialismo.
A criação desta nova luta de classes é o cerne do “marxismo cultural”. O marxismo cultural nada tem a ver com a liberdade, com o progresso social ou com um suposto esclarecimento cultural. Ao contrário, tem a ver com a criminalização de idéias: qualquer pensamento tido como “ofensivo” ou “excludente” — ou seja, qualquer pensamento que não preste reverência aos “grupos oprimidos” — deve ser criminalizado.
Para os adeptos deste evangelho, a força-motriz que irá impulsionar a revolução socialista não mais é o proletariado, mas sim os intelectuais — exatamente por isso o marxismo cultural prospera basicamente na academia, na mídia e na cultura.
Largado por Zoto | Largados Comentaram ( 3 )