o Filho da puta do Lula, conseguiu que todos ficassem amarradinhos junto ao PT,
ele ta mandando e desmandanto em tudo, me diga qual a diferença com o Hitler?
O baiano deitadão na varanda :
— Ô mãinha, a gente temos aí pomada pra queimadura de taturana?
— Por quê, meu dengo? Uma taturana encostou em ti?
— Ainda não, mas ela tá cada vez mais perto.
Baiano na vinda de pau de arara para São Paulo.
Todos deitados no fundo caminhão.
Mãinha tem um cara mal intencionado aqui do meu lado querendo
me comer, o que é que eu faço?
Te vira?
Mais se eu me virar ela vai pensar que eu estou mexendo e
vai botar tudo.
Deixa, quem sabe tu gostas e te misture com o Zoto lá no Brás.
coisinha anonimo, viadinho lindo,
o baiano é minha diversão e só,
já o B B, bom isso é coisa antiga de nois dois,
nois briga, maise nois fica juntinho disveizincuando, de 15 im 15 dia, vô lá vê cumè qui ta a coisa linda,
se cuntinua maiano na cademia, tomano só sopinha disnoite,
manteno o corpinho sadio, pra mode nois apreciá.
A esquina da rua, de onde eu móro é
lugar de má fama
De longe se ouve o som estridente de bichas e bordéis
porém nessa noite sem que eu esperasse eu vi uma biba
fiquei abismado, pois se tratava do B.B. de cá.
A biba enjoou de dormir sozinha e por isso saiu
em busca de um pouso ou de um repouso para o seu lordo.
Te manda B.B. que a vida da rua não te cai bem
És muito sensível não vais aguentar o rojão
Somente o Baiano por seus desenganos
sobe no pau de sebo do Tião.
11 – vamos deixar eles serem felizes….uma hora Cumpadi em cima do baiano,
Outra hora é baiano em cima do Cumpadi, coisa confusa de se ver…
Mas eles são felizes..hihihi, e eu sou olhando…hihi…danou-se.
Kkkkkkkkkk- Baiano por seus desenganos sobe no pau de sebo do Tião…
E aí Cumpadi não vai dizer nada não???? Aiai!
A primeira vez que o Baiano comeu acarajé foi uma lasqueira só
O cu, ah o cu, como sofreu.
A disgraceira começou quando a biba de brincadeira com a raça, foi dar um peido- pra quê?
Veio atrás da trovoada uma mistura e uma catinga que a uma distância
de cem metros não podia ninguém passar.
E o ardume, esse Baiano gritava- tô morto, tô fodido, me acudam, por sorte ia passando um carro pipa e o motorista com dó do Baiano de uma mangueirada nele.
Foi a primeira e última vez que o Baiano comia acarajé.
Outro dia me perguntaste quem são os vilões de filmes produzidos na RUS.
Pesquisei um pouco sobre o assunto e, a conclusão que tirei é que
não possuem um vilão específico. Talvez seja porque ainda produzem filmes inalieanados, sem ter que denigrir uma nação para glorificar sua própria.
Aliás, os russos são “a bola da vez”, mas isto está prestes a mudar.
Os estúdios de Rollawood são os grandes responsáveis por criar tamanhas inimizades, tendo inclusive exagerado nos últimos tempos.
Tal exagero gerou reclamações por parte de autoridades russas, veja:
“Políticos e cineastas da Rússia já deixaram claro seu descontentamento com a maneira como a indústria cinematográfica americana retrata personagens russos como os malvados da trama. Houve até uma ameaça de boicote dos russos aos filmes de Hollywood, trazendo à tona o debate sobre o risco que os estúdios correm quando decidem demonizar uma nacionalidade.”
A RUS tem o sétimo maior mercado para a indústria cinematográfica mundial, e com certeza, um boicote afetaria o bom humor dos estúdios americanos. Por isso, terão que amenizar e encontrar novos vilões, com o ISIS ou mulçumanos, pras suas novas (porcarias) produções.
estava ieu cá muié na cama no bem bom, aquela funguera,
aquela mexeção, nisso um dos onze fio, bate na porta gritano
pai, pai, que c~e ta fazeno, a muié mei ingasgada cos vai e vem, gritô
-Fica queto minino seu pai ta “tra baiano”,
na hora fiquei fulo da vida o negocio baxô, e ieu falei
-puta qui pariu até nessas horas o baiano trapaia a gente
-ô carniça sô, amanhã nois tenta de novo muié.
Quando eu era capelão de S. Francisco de Paula (contava um padre velho), aconteceu-me uma aventura extraordinária.
Morava ao pé da igreja, e recolhi-me tarde, uma noite. Nunca me recolhi tarde que não fosse ver primeiro se as portas do templo estavam bem fechadas. Achei-as bem fechadas, mas lobriguei luz por baixo delas. Corri assustado à procura da ronda; não a achei, tornei atrás e fiquei no adro, sem saber que fizesse. A luz, sem ser muito intensa, era-o demais para ladrões; além disso notei que era fixa e igual, não andava de um lado para outro, como seria a das velas ou lanternas de pessoas que estivessem roubando. O mistério arrastou-me; fui a casa buscar as chaves da sacristia (o sacristão tinha ido passar a noite em Niterói), benzi-me primeiro, abri a porta e entrei.
O corredor estava escuro. Levava comigo uma lanterna e caminhava devagarinho, calando o mais que podia o rumor dos sapatos. A primeira e a segunda porta que comunicam com a igreja estavam fechadas; mas via-se a mesma luz e, porventura, mais intensa que do lado da rua. Fui andando, até que dei com a terceira porta aberta. Pus a um canto a lanterna, com o meu lenço por cima, para que me não vissem de dentro, e aproximei-me a espiar o que era.
Detive-me logo. Com efeito, só então adverti que viera inteiramente desarmado e que ia correr grande risco aparecendo na igreja sem mais defesa que as duas mãos. Correram ainda alguns minutos. Na igreja a luz era a mesma, igual e geral, e de uma cor de leite que não tinha a luz das velas. Ouvi também vozes, que ainda mais me atrapalharam, não cochichadas nem confusas, mas regulares, claras e tranqüilas, à maneira de conversação. Não pude entender logo o que diziam. No meio disto, assaltou-me uma idéia que me fez recuar. Como naquele tempo os cadáveres eram sepultados nas igrejas, imaginei que a conversação podia ser de defuntos. Recuei espavorido, e só passado algum tempo, é que pude reagir e chegar outra vez à porta, dizendo a mim mesmo que semelhante idéia era um disparate. A realidade ia dar-me coisa mais assombrosa que um diálogo de mortos. Encomendei-me a Deus, benzi-me outra vez e fui andando, sorrateiramente, encostadinho à parede, até entrar. Vi então uma coisa extraordinária.
Dois números inteiros entre 2 e 20 são escolhidos.
Apenas a soma dos dois números é dada ao matemático Sérgio.
Apenas o produto dos dois números é dado ao matemático Paulo.
Por telefone, Sérgio diz a Paulo: “Não existem meios para que você determine minha soma”.
Uma hora depois, Paulo telefona de volta para dizer: “Eu sei a sua soma”.
Mais tarde, Sérgio telefona novamente para Paulo para anunciar: “Agora eu sei o seu produto”. Quais são os números?
A) Pela resposta de Sérgio deduzimos que só poderemos conhecer o produto a partir da soma desses dois números quando soubermos que dá para fazer o contrário, ou seja, a soma deve estar associada a mais de um produto, dos quais somente um está associado a uma única soma.
B) Respeitando essas duas condições encontraremos o resultado:
4 e 7
A) Pois se soubermos o produto (28) descobriremos que a soma será 11 pois só há um par de números entre 2 e 20 cujo produto é 28: 4 e 7.
Quero que CUNHA DILMA e RENAN caiam e deem lugar a quem deva cair de novo até que não sobre alma mais “alma mais honesta” a ser denunciada.
O Brasil está refém de uma briga de bandidos que se mantêm até agora pois um depende do outro para não ser caçado. E um amarra o rabo do outro. O Brasil não aguenta até o final do ano com esse lenga lenga.
28-Faz sentido.
Sendo do MACHADO DE ASSIS, também faz sentido, mesmo não sendo do quilate da sua famosa Missa do Galo, ou o Peru de Natal DE MÁRIO DE ANDRADE.
…Dois dos três santos do outro lado, S. José e S. Miguel (à direita de quem entra na igreja pela porta da frente), tinham descido dos nichos e estavam sentados nos seus altares. As dimensões não eram as das próprias imagens, mas de homens. Falavam para o lado de cá, onde estão os altares de S. João Batista e S. Francisco de Sales. Não posso descrever o que senti. Durante algum tempo, que não chego a calcular, fiquei sem ir para diante nem para trás, arrepiado e trêmulo. Com certeza, andei beirando o abismo da loucura, e não caí nele por misericórdia divina. Que perdi a consciência de mim mesmo e de toda outra realidade que não fosse aquela, tão nova e tão única, posso afirmá-lo; só assim se explica a temeridade com que, dali a algum tempo, entrei mais pela igreja, a fim de olhar também para o lado oposto. Vi aí a mesma coisa: S. Francisco de Sales e S. João, descidos dos nichos, sentados nos altares e falando com os outros santos.
Tinha sido tal a minha estupefação que eles continuaram a falar, creio eu, sem que eu sequer ouvisse o rumor das vozes. Pouco a pouco, adquiri a percepção delas e pude compreender que não tinham interrompido a conversação; distingui-as, ouvi claramente as palavras, mas não pude colher desde logo o sentido. Um dos santos, falando para o lado do altar-mor, fez-me voltar a cabeça, e vi então que S. Francisco de Paula, o orago da igreja, fizera a mesma coisa que os outros e falava para eles, como eles falavam entre si. As vozes não subiam do tom médio e, contudo, ouviam-se bem, como se as ondas sonoras tivessem recebido um poder maior de transmissão. Mas, se tudo isso era espantoso, não menos o era a luz, que não vinha de parte nenhuma, porque o lustres e castiçais estavam todos apagados; era como um luar, que ali penetrasse, sem que os olhos pudessem ver a lua; comparação tanto mais exata quanto que, se fosse realmente luar, teria deixado alguns lugares escuros, como ali acontecia, e foi num desses recantos que me refugiei.
Já então procedia automaticamente. A vida que vivi durante esse tempo todo, não se pareceu com a outra vida anterior e posterior. Basta considerar que, diante de tão estranho espetáculo, fiquei absolutamente sem medo; perdi a reflexão, apenas sabia ouvir e contemplar.
Compreendi, no fim de alguns instantes, que eles inventariavam e comentavam as orações e implorações daquele dia. Cada um notava alguma coisa. Todos eles, terríveis psicólogos, tinham penetrado a alma e a vida dos fiéis, e desfibravam os sentimentos de cada um, como os anatomistas escalpelam um cadáver. S. João Batista e S. Francisco de Paula, duros ascetas, mostravam-se às vezes enfadados e absolutos. Não era assim S. Francisco de Sales; esse ouvia ou contava as coisas com a mesma indulgência que presidira ao seu famoso livro da Introdução à Vida Devota.
Era assim, segundo o temperamento de cada um, que eles iam narrando e comentando. Tinham já contado casos de fé sincera e castiça, outros de indiferença, dissimulação e versatilidade; os dois ascetas estavam a mais e mais anojados, mas S. Francisco de Sales recordava-lhes o texto da Escritura: muitos são os chamados e poucos os escolhidos, significando assim que nem todos os que ali iam à igreja levavam o coração puro. S. João abanava a cabeça.
– Francisco de Sales, digo-te que vou criando um sentimento singular em santo: começo a descrer dos homens.
– Exageras tudo, João Batista, atalhou o santo bispo, não exageremos nada. Olha – ainda hoje aconteceu aqui uma coisa que me fez sorrir, e pode ser, entretanto, que te indignasse. Os homens não são piores do que eram em outros séculos; descontemos o que há neles ruim, e ficará muita coisa boa. Crê isto e hás de sorrir ouvindo o meu caso.
– Eu?
– Tu, João Batista, e tu também, Francisco de Paula, e todos vós haveis de sorrir comigo: e, pela minha parte, posso fazê-lo, pois já intercedi e alcancei do Senhor aquilo mesmo que me veio pedir esta pessoa.
– Que pessoa?
– Uma pessoa mais interessante que o teu escrivão, José, e que o teu lojista, Miguel…
– Pode ser, atalhou S. José, mas não há de ser mais interessante que a adúltera que aqui veio hoje prostrar-se a meus pés. Vinha pedir-me que lhe limpasse o coração da lepra da luxúria. Brigara ontem mesmo com o namorado, que a injuriou torpemente, e passou a noite em lágrimas. De manhã, determinou abandoná-lo e veio buscar aqui a força precisa para sair das garras do demônio. Começou rezando bem, cordialmente; mas pouco a pouco vi que o pensamento a ia deixando para remontar aos primeiros deleites. As palavras paralelamente, iam ficando sem vida. Já a oração era morna, depois fria, depois inconsciente; os lábios, afeitos à reza, iam rezando; mas a alma, que eu espiava cá de cima, essa já não estava aqui, estava com o outro. Afinal persignou-se, levantou-se e saiu sem pedir nada.
– Melhor é o meu caso.
– Melhor que isto? perguntou S. José curioso.
– Muito melhor, respondeu S. Francisco de Sales, e não é triste como o dessa pobre alma ferida do mal da terra, que a graça do Senhor ainda pode salvar. E por que não salvará também a esta outra? Lá vai o que é.
Calaram-se todos, inclinaram-se os bustos, atentos, esperando. Aqui fiquei com medo; lembrou-me que eles, que vêem tudo o que se passa no interior da gente, como se fôssemos de vidro, pensamentos recônditos, intenções torcidas, ódios secretos, bem podiam ter-me lido já algum pecado ou gérmen de pecado. Mas não tive tempo de refletir muito; S. Francisco de Sales começou a falar.
– Tem cinqüenta anos o meu homem, disse ele, a mulher está de cama, doente de uma erisipela na perna esquerda. Há cinco dias vive aflito porque o mal agrava-se e a ciência não responde pela cura. Vede, porém, até onde pode ir um preconceito público. Ninguém acredita na dor do Sales (ele tem o meu nome), ninguém acredita que ele ame outra coisa que não seja dinheiro, e logo que houve notícia da sua aflição desabou em todo o bairro um aguaceiro de motes e dichotes; nem faltou quem acreditasse que ele gemia antecipadamente pelos gastos da sepultura.
– Bem podia ser que sim, ponderou S. João.
– Mas não era. Que ele é usurário e avaro não o nego; usurário, como a vida, e avaro, como a morte. Ninguém extraiu nunca tão implacavelmente da algibeira dos outros o ouro, a prata, o papel e o cobre; ninguém os amuou com mais zelo e prontidão. Moeda que lhe cai na mão dificilmente torna a sair; e tudo o que lhe sobra das casas mora dentro de um armário de ferro, fechado a sete chaves. Abre-o às vezes, por horas mortas, contempla o dinheiro alguns minutos, e fecha-o outra vez depressa; mas nessas noites não dorme, ou dorme mal. Não tem filhos. A vida que leva é sórdida; come para não morrer, pouco e ruim. A família compõe-se da mulher e de uma preta escrava, comprada com outra, há muitos anos, e às escondidas, por serem de contrabando. Dizem até que nem as pagou, porque o vendedor faleceu logo sem deixar nada escrito. A outra preta morreu há pouco tempo; e aqui vereis se este homem tem ou não o gênio da economia, Sales libertou o cadáver…
E o santo bispo calou-se para saborear o espanto dos outros.
– O cadáver?
– Sim, o cadáver. Fez enterrar a escrava como pessoa livre e miserável, para não acudir às despesas da sepultura. Pouco embora, era alguma coisa. E para ele não há pouco; com pingos d’água é que se alagam as ruas. Nenhum desejo de representação, nenhum gosto nobiliário; tudo isso custa dinheiro, e ele diz que o dinheiro não lhe cai do céu. Pouca sociedade, nenhuma recreação de família. Ouve e conta anedotas da vida alheia, que é regalo gratuito.
– Compreende-se a incredulidade pública, ponderou S. Miguel.
– Não digo que não, porque o mundo não vai além da superfície das coisas. O mundo não vê que, além de caseira eminente educada por ele, e sua confidente de mais de vinte anos, a mulher deste Sales é amada deveras pelo marido. Não te espantes, Miguel; naquele muro aspérrimo brotou uma flor descorada e sem cheiro, mas flor. A botânica sentimental tem dessas anomalias. Sales ama a esposa; está abatido e desvairado com a idéia de a perder. Hoje de manhã, muito cedo, não tendo dormido mais de duas horas, entrou a cogitar no desastre próximo. Desesperando da terra, voltou-se para Deus; pensou em nós, e especialmente em mim, que sou o santo do seu nome. Só um milagre podia salvá-la; determinou vir aqui. Mora perto, e veio correndo. Quando entrou trazia o olhar brilhante e esperançado; podia ser a luz da fé, mas era outra coisa muito particular, que vou dizer. Aqui peço-vos que redobreis de atenção.
Vi os bustos inclinarem-se ainda mais; eu próprio não pude esquivar-me ao movimento e dei um passo para diante. A narração do santo foi tão longa e miúda, a análise tão complicada, que não as ponho aqui integralmente, mas em substância.
– Quando pensou em vir pedir-me que intercedesse pela vida da esposa, Sales teve uma idéia específica de usurário, a de prometer-me uma perna de cera. Não foi o crente, que simboliza desta maneira a lembrança do benefício; foi o usurário que pensou em forçar a graça divina pela expectação do lucro. E não foi só a usura que falou, mas também a avareza; porque em verdade, dispondo-se à promessa, mostrava ele querer deveras a vida da mulher – intuição de avaro; – despender é documentar: só se quer de coração aquilo que se paga a dinheiro, disse-lho a consciência pela mesma boca escura. Sabeis que pensamentos tais não se formulam como outros, nascem das entranhas do caráter e ficam na penumbra da consciência. Mas eu li tudo nele logo que aqui entrou alvoroçado, com o olhar fúlgido de esperança; li tudo e esperei que acabasse de benzer-se e rezar.
– Ao menos, tem alguma religião, ponderou S. José.
– Alguma tem, mas vaga, e econômica. Não entrou nunca em irmandades e ordens terceiras, porque nelas se rouba o que pertence ao Senhor; é o que ele diz para conciliar a devoção com a algibeira. Mas não se pode ter tudo; é certo que ele teme a Deus e crê na doutrina.
– Bem, ajoelhou-se e rezou.
– Rezou. Enquanto rezava, via eu a pobre alma, que padecia deveras, conquanto a esperança começasse a trocar-se em certeza intuitiva. Deus tinha de salvar a doente, por força, graças à minha intervenção, e eu ia interceder; é o que ele pensava, enquanto os lábios repetiam as palavras da oração. Acabando a oração, ficou Sales algum tempo olhando, com as mãos postas; afinal falou a boca do homem, falou para confessar a dor, para jurar que nenhuma outra mão, além da do Senhor, podia atalhar o golpe. A mulher ia morrer… ia morrer… ia morrer… E repetia a palavra, sem sair dela. A mulher ia morrer. Não passava adiante. Prestes a formular o pedido e a promessa não achava palavras idôneas, nem aproximativas, nem sequer dúbias, não achava nada, tão longo era o descostume de dar alguma coisa. Afinal saiu o pedido; a mulher ia morrer, ele rogava-me que a salvasse, que pedisse por ela ao Senhor. A promessa, porém, é que não acabava de sair. No momento em que a boca ia articular a primeira palavra, a garra da avareza mordia-lhe as entranhas e não deixava sair nada. Que a salvasse… que intercedesse por ela…
No ar, diante dos olhos, recortava-se-lhe a perna de cera, e logo a moeda que ela havia de custar. A perna desapareceu, mas ficou a moeda, redonda, luzidia, amarela, ouro puro, completamente ouro, melhor que o dos castiçais do meu altar, apenas dourados. Para onde quer que virasse os olhos, via a moeda, girando, girando, girando. E os olhos a apalpavam, de longe, e transmitiam-lhe a sensação fria do metal e até a do relevo do cunho. Era ela mesma, velha amiga de longos anos, companheira do dia e da noite, era ela que ali estava no ar, girando, às tontas; era ela que descia do teto, ou subia do chão, ou rolava no altar, indo da Epístola ao Evangelho, ou tilintava nos pingentes do lustre.
Agora a súplica dos olhos e a melancolia deles eram mais intensas e puramente voluntárias. Vi-os alongarem-se para mim, cheios de contrição, de humilhação, de desamparo; e a boca ia dizendo algumas coisas soltas, – Deus, – os anjos do Senhor, – as bentas chagas, – palavras lacrimosas e trêmulas, como para pintar por elas a sinceridade da fé e a imensidade da dor. Só a promessa da perna é que não saía. Às vezes, a alma, como pessoa que recolhe as forças, a fim de saltar um valo, fitava longamente a morte da mulher e rebolcava-se no desespero que ela lhe havia de trazer; mas, à beira do valo, quando ia a dar o salto, recuava. A moeda emergia dele e a promessa ficava no coração do homem.
O tempo ia passando. A alucinação crescia, porque a moeda, acelerando e multiplicando os saltos, multiplicava-se a si mesma e parecia uma infinidade delas; e o conflito era cada vez mais trágico. De repente, o receio de que a mulher podia estar expirando, gelou o sangue ao pobre homem e ele quis precipitar-se. Podia estar expirando. Pedia-me que intercedesse por ela, que a salvasse…
Aqui o demônio da avareza sugeria-lhe uma transação nova, uma troca de espécie, dizendo-lhe que o valor da oração era superfino e muito mais excelso que o das obras terrenas. E o Sales, curvo, contrito, com as mãos postas, o olhar submisso, desamparado, resignado, pedia-me que lhe salvasse a mulher. Que lhe salvasse a mulher, e prometia-me trezentos, – não menos, – trezentos padre-nossos e trezentas ave-marias. E repetia enfático: trezentos, trezentas, trezentos… Foi subindo, chegou a quinhentos, a mil padre-nossos e mil ave-marias. Não via esta soma escrita por letras do alfabeto, mas em algarismos, como se ficasse assim mais viva, mais exata, e a obrigação maior, e maior também a sedução. Mil padre-nossos, mil ave-marias. E voltaram as palavras lacrimosas e trêmulas, as bentas chagas, os anjos do Senhor… 1.000 – 1.000 – 1.000. Os quatro algarismos foram crescendo tanto, que encheram a igreja de alto a baixo, e com eles, crescia o esforço do homem, e a confiança também; a palavra saía-lhe mais rápida, impetuosa, já falada, mil, mil, mil, mil … Vamos lá, podeis rir à vontade, concluiu S. Francisco de Sales.
E os outros santos riram efetivamente, não daquele grande riso descomposto dos deuses de Homero, quando viram o coxo Vulcano servir à mesa, mas de um riso modesto, tranqüilo, beato e católico.
Depois, não pude ouvir mais nada. Caí redondamente no chão. Quando dei por mim era dia claro… Corri a abrir todas as portas e janelas da igreja e da sacristia, para deixar entrar o sol, inimigo dos maus sonhos.
Zoto, leio mais tarde, nesse horário eu gosto de ver a escolinha no Viva.
Ademais sobre o quiz o MAG esteve quente, para ele era 21 para Paulo
e 10 para Sérgio , e os números respectivamente 7 e 3.
32- pensando bem, fosse a resposta do quiz 21 como disse o Mag, o Paulo necessariamente saberia qual a soma do Sergio, mas Sergio como tinha 10 não poderia ter absoluta certeza do produto de Paulo visto
que poderia haver outras variantes quanto a 28 só 4 e 7.
Com mais um pouquinho de trabalho o Mag chegaria.
O nome dele era Fleming e era um pobre fazendeiro escocês. Um dia, enquanto trabalhava para ganhar a vida, o sustento para sua família, ele ouviu um pedido desesperado de socorro vindo de um pântano nas proximidades. Largou suas ferramentas e correu de encontro aos gritos. Lá chegando, enlameado até a cintura, encontrou um menino gritando e tentando safar-se da morte. O fazendeiro Fleming salvou o rapaz de uma morte lenta e terrível.
No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chega à humilde casa do escocês. Um nobre elegantemente vestido sai e apresenta-se como o pai do menino que o fazendeiro Fleming tinha salvado.
– Eu quero recompensá-lo, disse o nobre.
– Você salvou a vida do meu filho.
– Não, eu não posso aceitar pagamento para o que eu fiz, responde o fazendeiro escocês, recusando a oferta. Naquele momento, o filho do fazendeiro veio a porta do casebre.
– É seu filho? perguntou o nobre.
– Sim! o fazendeiro respondeu orgulhosamente.
– Eu lhe farei uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como seu pai, ele crescerá e será um homem do qual você terá muito orgulho.
E foi o que ele fez. Tempos depois, o filho do fazendeiro Fleming formou-se no St. Mary’s Hospital Medical School de Londres, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor Alexander Fleming, o descobridor de Penicilina.
Anos depois, o filho do nobre estava doente com pneumonia. O que o salvou? Penicilina. O nome do nobre? Senhor Randolph Churchill. O nome do filho dele? Senhor Winston Churchill.
Alguém disse uma vez que a gente colhe o que planta.
Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro.
Ame como se você nunca tivesse tido uma decepção.
Dance como se ninguém estivesse te assistindo.
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Comentários
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J P on TRIBUNA LIVRE: “Após alguns jogos da rodada- nada mudou: Flamengo, Cruzeiro,Braga e Palmeiras lideram, fato marcante é o Inter entrar temporariamente na…” jun 13, 09:12
março 2nd, 2016 at 8:40
tenho qui dizer um fato lamentável:
o Filho da puta do Lula, conseguiu que todos ficassem amarradinhos junto ao PT,
ele ta mandando e desmandanto em tudo, me diga qual a diferença com o Hitler?
março 2nd, 2016 at 8:51
1 dedo.
+
março 2nd, 2016 at 8:53
Cadê o Baiano, onde foi visto , a que horas e com quem, como
estava o seu estado etílico naquele momento?
Coisas para pensar…
março 2nd, 2016 at 8:58
3 CISCO KID você esta sentindo falta do BAIANO que AMOR BONITO , ele esta em cima de você no numero 2 , ESPERO TER AJUDADO .
março 2nd, 2016 at 9:06
O baiano deitadão na varanda :
— Ô mãinha, a gente temos aí pomada pra queimadura de taturana?
— Por quê, meu dengo? Uma taturana encostou em ti?
— Ainda não, mas ela tá cada vez mais perto.
***
março 2nd, 2016 at 9:14
Baiano na vinda de pau de arara para São Paulo.
Todos deitados no fundo caminhão.
Mãinha tem um cara mal intencionado aqui do meu lado querendo
me comer, o que é que eu faço?
Te vira?
Mais se eu me virar ela vai pensar que eu estou mexendo e
vai botar tudo.
Deixa, quem sabe tu gostas e te misture com o Zoto lá no Brás.
março 2nd, 2016 at 10:04
Se oçê sargá o forevis do Zé Luiza da rádio e tv clima eu pago uma skol.
março 2nd, 2016 at 11:24
aonde posso pegar a skol
março 2nd, 2016 at 11:51
Se misturar com o viadão do Zoto lá no Brás, tu não quéis né Baiano?
março 2nd, 2016 at 12:55
Tomo mais cerveja com o baiano não,
toda vez depois de tomar umas ele tem uma mania de garrá no pinto da gente,
a gente reclama mas ele retruca:
só quero ver o tamanho, me dá uma inveja, o meu é pititinho.
março 2nd, 2016 at 13:44
B.B., ONDE ANDAS , CUMPADI TE TROCOU PELO BAIANO, AGORA É SÓ BAIANO PRA LÁ , BAIANO PRA CÁ.
DÁ O TROCO, SOLTA O FURO ADOIDADO.
março 2nd, 2016 at 13:48
Todo anônimo é fé da puta! Ou petista, tanto faiz!
março 2nd, 2016 at 14:11
coisinha anonimo, viadinho lindo,
o baiano é minha diversão e só,
já o B B, bom isso é coisa antiga de nois dois,
nois briga, maise nois fica juntinho disveizincuando, de 15 im 15 dia, vô lá vê cumè qui ta a coisa linda,
se cuntinua maiano na cademia, tomano só sopinha disnoite,
manteno o corpinho sadio, pra mode nois apreciá.
março 2nd, 2016 at 14:27
Ô Cumpadi, pur modos que o sinhô num infia o dedo no butão, veste uma camisa do galo e sai cantano robinho pra rua afora?
março 2nd, 2016 at 15:41
A esquina da rua, de onde eu móro é
lugar de má fama
De longe se ouve o som estridente de bichas e bordéis
porém nessa noite sem que eu esperasse eu vi uma biba
fiquei abismado, pois se tratava do B.B. de cá.
A biba enjoou de dormir sozinha e por isso saiu
em busca de um pouso ou de um repouso para o seu lordo.
Te manda B.B. que a vida da rua não te cai bem
És muito sensível não vais aguentar o rojão
Somente o Baiano por seus desenganos
sobe no pau de sebo do Tião.
março 2nd, 2016 at 15:50
Qual era o nome mesmo que o Jozélio chamava o Baiano?
Putz, pois não é que me esqueci.
Acho que nem o Zoto se lembra.
março 2nd, 2016 at 15:53
11 – vamos deixar eles serem felizes….uma hora Cumpadi em cima do baiano,
Outra hora é baiano em cima do Cumpadi, coisa confusa de se ver…
Mas eles são felizes..hihihi, e eu sou olhando…hihi…danou-se.
Kkkkkkkkkk- Baiano por seus desenganos sobe no pau de sebo do Tião…
E aí Cumpadi não vai dizer nada não???? Aiai!
março 2nd, 2016 at 15:56
A primeira vez que o Baiano comeu acarajé foi uma lasqueira só
O cu, ah o cu, como sofreu.
A disgraceira começou quando a biba de brincadeira com a raça, foi dar um peido- pra quê?
Veio atrás da trovoada uma mistura e uma catinga que a uma distância
de cem metros não podia ninguém passar.
E o ardume, esse Baiano gritava- tô morto, tô fodido, me acudam, por sorte ia passando um carro pipa e o motorista com dó do Baiano de uma mangueirada nele.
Foi a primeira e última vez que o Baiano comia acarajé.
março 2nd, 2016 at 16:13
► Z0T0
Outro dia me perguntaste quem são os vilões de filmes produzidos na RUS.
Pesquisei um pouco sobre o assunto e, a conclusão que tirei é que
não possuem um vilão específico. Talvez seja porque ainda produzem filmes inalieanados, sem ter que denigrir uma nação para glorificar sua própria.
Aliás, os russos são “a bola da vez”, mas isto está prestes a mudar.
Os estúdios de Rollawood são os grandes responsáveis por criar tamanhas inimizades, tendo inclusive exagerado nos últimos tempos.
Tal exagero gerou reclamações por parte de autoridades russas, veja:
“Políticos e cineastas da Rússia já deixaram claro seu descontentamento com a maneira como a indústria cinematográfica americana retrata personagens russos como os malvados da trama. Houve até uma ameaça de boicote dos russos aos filmes de Hollywood, trazendo à tona o debate sobre o risco que os estúdios correm quando decidem demonizar uma nacionalidade.”
A RUS tem o sétimo maior mercado para a indústria cinematográfica mundial, e com certeza, um boicote afetaria o bom humor dos estúdios americanos. Por isso, terão que amenizar e encontrar novos vilões, com o ISIS ou mulçumanos, pras suas novas (porcarias) produções.
http://bbc.in/218pMPd
março 2nd, 2016 at 16:53
Puxa , como está difícil abrir um inquérito contra o Cunha no STF, TÁ LOCO MEU.
março 2nd, 2016 at 17:08
Wesley Safadão cover no blog do Xico Tripa é feio que dói, pqp.
março 2nd, 2016 at 17:23
estava ieu cá muié na cama no bem bom, aquela funguera,
aquela mexeção, nisso um dos onze fio, bate na porta gritano
pai, pai, que c~e ta fazeno, a muié mei ingasgada cos vai e vem, gritô
-Fica queto minino seu pai ta “tra baiano”,
na hora fiquei fulo da vida o negocio baxô, e ieu falei
-puta qui pariu até nessas horas o baiano trapaia a gente
-ô carniça sô, amanhã nois tenta de novo muié.
março 2nd, 2016 at 17:23
daqui a pôco o viadinho lindo recrama, que vê.
março 2nd, 2016 at 17:34
Ti cuida não , vão pegar o Coelho, que já teve o Pato Donald
como mascote do América.
março 2nd, 2016 at 17:38
Deu num site: Pai surra de lanhar as costas de um filho marmanjo que se diz viadão.
Te cuiDa B.B.
março 2nd, 2016 at 19:09
Machado de Assis
ENTRE SANTOS
Quando eu era capelão de S. Francisco de Paula (contava um padre velho), aconteceu-me uma aventura extraordinária.
Morava ao pé da igreja, e recolhi-me tarde, uma noite. Nunca me recolhi tarde que não fosse ver primeiro se as portas do templo estavam bem fechadas. Achei-as bem fechadas, mas lobriguei luz por baixo delas. Corri assustado à procura da ronda; não a achei, tornei atrás e fiquei no adro, sem saber que fizesse. A luz, sem ser muito intensa, era-o demais para ladrões; além disso notei que era fixa e igual, não andava de um lado para outro, como seria a das velas ou lanternas de pessoas que estivessem roubando. O mistério arrastou-me; fui a casa buscar as chaves da sacristia (o sacristão tinha ido passar a noite em Niterói), benzi-me primeiro, abri a porta e entrei.
O corredor estava escuro. Levava comigo uma lanterna e caminhava devagarinho, calando o mais que podia o rumor dos sapatos. A primeira e a segunda porta que comunicam com a igreja estavam fechadas; mas via-se a mesma luz e, porventura, mais intensa que do lado da rua. Fui andando, até que dei com a terceira porta aberta. Pus a um canto a lanterna, com o meu lenço por cima, para que me não vissem de dentro, e aproximei-me a espiar o que era.
Detive-me logo. Com efeito, só então adverti que viera inteiramente desarmado e que ia correr grande risco aparecendo na igreja sem mais defesa que as duas mãos. Correram ainda alguns minutos. Na igreja a luz era a mesma, igual e geral, e de uma cor de leite que não tinha a luz das velas. Ouvi também vozes, que ainda mais me atrapalharam, não cochichadas nem confusas, mas regulares, claras e tranqüilas, à maneira de conversação. Não pude entender logo o que diziam. No meio disto, assaltou-me uma idéia que me fez recuar. Como naquele tempo os cadáveres eram sepultados nas igrejas, imaginei que a conversação podia ser de defuntos. Recuei espavorido, e só passado algum tempo, é que pude reagir e chegar outra vez à porta, dizendo a mim mesmo que semelhante idéia era um disparate. A realidade ia dar-me coisa mais assombrosa que um diálogo de mortos. Encomendei-me a Deus, benzi-me outra vez e fui andando, sorrateiramente, encostadinho à parede, até entrar. Vi então uma coisa extraordinária.
março 2nd, 2016 at 19:18
Já está o placar de 6 a zero.
Cunha esperneia,balanceia, mais vai cair.
E o conto do Zoto…
março 2nd, 2016 at 19:33
Ah sim… a resposta do QUIZ..
A) Pela resposta de Sérgio deduzimos que só poderemos conhecer o produto a partir da soma desses dois números quando soubermos que dá para fazer o contrário, ou seja, a soma deve estar associada a mais de um produto, dos quais somente um está associado a uma única soma.
B) Respeitando essas duas condições encontraremos o resultado:
4 e 7
A) Pois se soubermos o produto (28) descobriremos que a soma será 11 pois só há um par de números entre 2 e 20 cujo produto é 28: 4 e 7.
março 2nd, 2016 at 19:37
Quero que CUNHA DILMA e RENAN caiam e deem lugar a quem deva cair de novo até que não sobre alma mais “alma mais honesta” a ser denunciada.
O Brasil está refém de uma briga de bandidos que se mantêm até agora pois um depende do outro para não ser caçado. E um amarra o rabo do outro. O Brasil não aguenta até o final do ano com esse lenga lenga.
março 2nd, 2016 at 19:46
28-Faz sentido.
Sendo do MACHADO DE ASSIS, também faz sentido, mesmo não sendo do quilate da sua famosa Missa do Galo, ou o Peru de Natal DE MÁRIO DE ANDRADE.
março 2nd, 2016 at 19:48
…Dois dos três santos do outro lado, S. José e S. Miguel (à direita de quem entra na igreja pela porta da frente), tinham descido dos nichos e estavam sentados nos seus altares. As dimensões não eram as das próprias imagens, mas de homens. Falavam para o lado de cá, onde estão os altares de S. João Batista e S. Francisco de Sales. Não posso descrever o que senti. Durante algum tempo, que não chego a calcular, fiquei sem ir para diante nem para trás, arrepiado e trêmulo. Com certeza, andei beirando o abismo da loucura, e não caí nele por misericórdia divina. Que perdi a consciência de mim mesmo e de toda outra realidade que não fosse aquela, tão nova e tão única, posso afirmá-lo; só assim se explica a temeridade com que, dali a algum tempo, entrei mais pela igreja, a fim de olhar também para o lado oposto. Vi aí a mesma coisa: S. Francisco de Sales e S. João, descidos dos nichos, sentados nos altares e falando com os outros santos.
Tinha sido tal a minha estupefação que eles continuaram a falar, creio eu, sem que eu sequer ouvisse o rumor das vozes. Pouco a pouco, adquiri a percepção delas e pude compreender que não tinham interrompido a conversação; distingui-as, ouvi claramente as palavras, mas não pude colher desde logo o sentido. Um dos santos, falando para o lado do altar-mor, fez-me voltar a cabeça, e vi então que S. Francisco de Paula, o orago da igreja, fizera a mesma coisa que os outros e falava para eles, como eles falavam entre si. As vozes não subiam do tom médio e, contudo, ouviam-se bem, como se as ondas sonoras tivessem recebido um poder maior de transmissão. Mas, se tudo isso era espantoso, não menos o era a luz, que não vinha de parte nenhuma, porque o lustres e castiçais estavam todos apagados; era como um luar, que ali penetrasse, sem que os olhos pudessem ver a lua; comparação tanto mais exata quanto que, se fosse realmente luar, teria deixado alguns lugares escuros, como ali acontecia, e foi num desses recantos que me refugiei.
Já então procedia automaticamente. A vida que vivi durante esse tempo todo, não se pareceu com a outra vida anterior e posterior. Basta considerar que, diante de tão estranho espetáculo, fiquei absolutamente sem medo; perdi a reflexão, apenas sabia ouvir e contemplar.
Compreendi, no fim de alguns instantes, que eles inventariavam e comentavam as orações e implorações daquele dia. Cada um notava alguma coisa. Todos eles, terríveis psicólogos, tinham penetrado a alma e a vida dos fiéis, e desfibravam os sentimentos de cada um, como os anatomistas escalpelam um cadáver. S. João Batista e S. Francisco de Paula, duros ascetas, mostravam-se às vezes enfadados e absolutos. Não era assim S. Francisco de Sales; esse ouvia ou contava as coisas com a mesma indulgência que presidira ao seu famoso livro da Introdução à Vida Devota.
Era assim, segundo o temperamento de cada um, que eles iam narrando e comentando. Tinham já contado casos de fé sincera e castiça, outros de indiferença, dissimulação e versatilidade; os dois ascetas estavam a mais e mais anojados, mas S. Francisco de Sales recordava-lhes o texto da Escritura: muitos são os chamados e poucos os escolhidos, significando assim que nem todos os que ali iam à igreja levavam o coração puro. S. João abanava a cabeça.
– Francisco de Sales, digo-te que vou criando um sentimento singular em santo: começo a descrer dos homens.
– Exageras tudo, João Batista, atalhou o santo bispo, não exageremos nada. Olha – ainda hoje aconteceu aqui uma coisa que me fez sorrir, e pode ser, entretanto, que te indignasse. Os homens não são piores do que eram em outros séculos; descontemos o que há neles ruim, e ficará muita coisa boa. Crê isto e hás de sorrir ouvindo o meu caso.
– Eu?
– Tu, João Batista, e tu também, Francisco de Paula, e todos vós haveis de sorrir comigo: e, pela minha parte, posso fazê-lo, pois já intercedi e alcancei do Senhor aquilo mesmo que me veio pedir esta pessoa.
– Que pessoa?
– Uma pessoa mais interessante que o teu escrivão, José, e que o teu lojista, Miguel…
– Pode ser, atalhou S. José, mas não há de ser mais interessante que a adúltera que aqui veio hoje prostrar-se a meus pés. Vinha pedir-me que lhe limpasse o coração da lepra da luxúria. Brigara ontem mesmo com o namorado, que a injuriou torpemente, e passou a noite em lágrimas. De manhã, determinou abandoná-lo e veio buscar aqui a força precisa para sair das garras do demônio. Começou rezando bem, cordialmente; mas pouco a pouco vi que o pensamento a ia deixando para remontar aos primeiros deleites. As palavras paralelamente, iam ficando sem vida. Já a oração era morna, depois fria, depois inconsciente; os lábios, afeitos à reza, iam rezando; mas a alma, que eu espiava cá de cima, essa já não estava aqui, estava com o outro. Afinal persignou-se, levantou-se e saiu sem pedir nada.
– Melhor é o meu caso.
– Melhor que isto? perguntou S. José curioso.
– Muito melhor, respondeu S. Francisco de Sales, e não é triste como o dessa pobre alma ferida do mal da terra, que a graça do Senhor ainda pode salvar. E por que não salvará também a esta outra? Lá vai o que é.
Calaram-se todos, inclinaram-se os bustos, atentos, esperando. Aqui fiquei com medo; lembrou-me que eles, que vêem tudo o que se passa no interior da gente, como se fôssemos de vidro, pensamentos recônditos, intenções torcidas, ódios secretos, bem podiam ter-me lido já algum pecado ou gérmen de pecado. Mas não tive tempo de refletir muito; S. Francisco de Sales começou a falar.
– Tem cinqüenta anos o meu homem, disse ele, a mulher está de cama, doente de uma erisipela na perna esquerda. Há cinco dias vive aflito porque o mal agrava-se e a ciência não responde pela cura. Vede, porém, até onde pode ir um preconceito público. Ninguém acredita na dor do Sales (ele tem o meu nome), ninguém acredita que ele ame outra coisa que não seja dinheiro, e logo que houve notícia da sua aflição desabou em todo o bairro um aguaceiro de motes e dichotes; nem faltou quem acreditasse que ele gemia antecipadamente pelos gastos da sepultura.
– Bem podia ser que sim, ponderou S. João.
– Mas não era. Que ele é usurário e avaro não o nego; usurário, como a vida, e avaro, como a morte. Ninguém extraiu nunca tão implacavelmente da algibeira dos outros o ouro, a prata, o papel e o cobre; ninguém os amuou com mais zelo e prontidão. Moeda que lhe cai na mão dificilmente torna a sair; e tudo o que lhe sobra das casas mora dentro de um armário de ferro, fechado a sete chaves. Abre-o às vezes, por horas mortas, contempla o dinheiro alguns minutos, e fecha-o outra vez depressa; mas nessas noites não dorme, ou dorme mal. Não tem filhos. A vida que leva é sórdida; come para não morrer, pouco e ruim. A família compõe-se da mulher e de uma preta escrava, comprada com outra, há muitos anos, e às escondidas, por serem de contrabando. Dizem até que nem as pagou, porque o vendedor faleceu logo sem deixar nada escrito. A outra preta morreu há pouco tempo; e aqui vereis se este homem tem ou não o gênio da economia, Sales libertou o cadáver…
E o santo bispo calou-se para saborear o espanto dos outros.
– O cadáver?
– Sim, o cadáver. Fez enterrar a escrava como pessoa livre e miserável, para não acudir às despesas da sepultura. Pouco embora, era alguma coisa. E para ele não há pouco; com pingos d’água é que se alagam as ruas. Nenhum desejo de representação, nenhum gosto nobiliário; tudo isso custa dinheiro, e ele diz que o dinheiro não lhe cai do céu. Pouca sociedade, nenhuma recreação de família. Ouve e conta anedotas da vida alheia, que é regalo gratuito.
– Compreende-se a incredulidade pública, ponderou S. Miguel.
– Não digo que não, porque o mundo não vai além da superfície das coisas. O mundo não vê que, além de caseira eminente educada por ele, e sua confidente de mais de vinte anos, a mulher deste Sales é amada deveras pelo marido. Não te espantes, Miguel; naquele muro aspérrimo brotou uma flor descorada e sem cheiro, mas flor. A botânica sentimental tem dessas anomalias. Sales ama a esposa; está abatido e desvairado com a idéia de a perder. Hoje de manhã, muito cedo, não tendo dormido mais de duas horas, entrou a cogitar no desastre próximo. Desesperando da terra, voltou-se para Deus; pensou em nós, e especialmente em mim, que sou o santo do seu nome. Só um milagre podia salvá-la; determinou vir aqui. Mora perto, e veio correndo. Quando entrou trazia o olhar brilhante e esperançado; podia ser a luz da fé, mas era outra coisa muito particular, que vou dizer. Aqui peço-vos que redobreis de atenção.
Vi os bustos inclinarem-se ainda mais; eu próprio não pude esquivar-me ao movimento e dei um passo para diante. A narração do santo foi tão longa e miúda, a análise tão complicada, que não as ponho aqui integralmente, mas em substância.
– Quando pensou em vir pedir-me que intercedesse pela vida da esposa, Sales teve uma idéia específica de usurário, a de prometer-me uma perna de cera. Não foi o crente, que simboliza desta maneira a lembrança do benefício; foi o usurário que pensou em forçar a graça divina pela expectação do lucro. E não foi só a usura que falou, mas também a avareza; porque em verdade, dispondo-se à promessa, mostrava ele querer deveras a vida da mulher – intuição de avaro; – despender é documentar: só se quer de coração aquilo que se paga a dinheiro, disse-lho a consciência pela mesma boca escura. Sabeis que pensamentos tais não se formulam como outros, nascem das entranhas do caráter e ficam na penumbra da consciência. Mas eu li tudo nele logo que aqui entrou alvoroçado, com o olhar fúlgido de esperança; li tudo e esperei que acabasse de benzer-se e rezar.
– Ao menos, tem alguma religião, ponderou S. José.
– Alguma tem, mas vaga, e econômica. Não entrou nunca em irmandades e ordens terceiras, porque nelas se rouba o que pertence ao Senhor; é o que ele diz para conciliar a devoção com a algibeira. Mas não se pode ter tudo; é certo que ele teme a Deus e crê na doutrina.
– Bem, ajoelhou-se e rezou.
– Rezou. Enquanto rezava, via eu a pobre alma, que padecia deveras, conquanto a esperança começasse a trocar-se em certeza intuitiva. Deus tinha de salvar a doente, por força, graças à minha intervenção, e eu ia interceder; é o que ele pensava, enquanto os lábios repetiam as palavras da oração. Acabando a oração, ficou Sales algum tempo olhando, com as mãos postas; afinal falou a boca do homem, falou para confessar a dor, para jurar que nenhuma outra mão, além da do Senhor, podia atalhar o golpe. A mulher ia morrer… ia morrer… ia morrer… E repetia a palavra, sem sair dela. A mulher ia morrer. Não passava adiante. Prestes a formular o pedido e a promessa não achava palavras idôneas, nem aproximativas, nem sequer dúbias, não achava nada, tão longo era o descostume de dar alguma coisa. Afinal saiu o pedido; a mulher ia morrer, ele rogava-me que a salvasse, que pedisse por ela ao Senhor. A promessa, porém, é que não acabava de sair. No momento em que a boca ia articular a primeira palavra, a garra da avareza mordia-lhe as entranhas e não deixava sair nada. Que a salvasse… que intercedesse por ela…
No ar, diante dos olhos, recortava-se-lhe a perna de cera, e logo a moeda que ela havia de custar. A perna desapareceu, mas ficou a moeda, redonda, luzidia, amarela, ouro puro, completamente ouro, melhor que o dos castiçais do meu altar, apenas dourados. Para onde quer que virasse os olhos, via a moeda, girando, girando, girando. E os olhos a apalpavam, de longe, e transmitiam-lhe a sensação fria do metal e até a do relevo do cunho. Era ela mesma, velha amiga de longos anos, companheira do dia e da noite, era ela que ali estava no ar, girando, às tontas; era ela que descia do teto, ou subia do chão, ou rolava no altar, indo da Epístola ao Evangelho, ou tilintava nos pingentes do lustre.
Agora a súplica dos olhos e a melancolia deles eram mais intensas e puramente voluntárias. Vi-os alongarem-se para mim, cheios de contrição, de humilhação, de desamparo; e a boca ia dizendo algumas coisas soltas, – Deus, – os anjos do Senhor, – as bentas chagas, – palavras lacrimosas e trêmulas, como para pintar por elas a sinceridade da fé e a imensidade da dor. Só a promessa da perna é que não saía. Às vezes, a alma, como pessoa que recolhe as forças, a fim de saltar um valo, fitava longamente a morte da mulher e rebolcava-se no desespero que ela lhe havia de trazer; mas, à beira do valo, quando ia a dar o salto, recuava. A moeda emergia dele e a promessa ficava no coração do homem.
O tempo ia passando. A alucinação crescia, porque a moeda, acelerando e multiplicando os saltos, multiplicava-se a si mesma e parecia uma infinidade delas; e o conflito era cada vez mais trágico. De repente, o receio de que a mulher podia estar expirando, gelou o sangue ao pobre homem e ele quis precipitar-se. Podia estar expirando. Pedia-me que intercedesse por ela, que a salvasse…
Aqui o demônio da avareza sugeria-lhe uma transação nova, uma troca de espécie, dizendo-lhe que o valor da oração era superfino e muito mais excelso que o das obras terrenas. E o Sales, curvo, contrito, com as mãos postas, o olhar submisso, desamparado, resignado, pedia-me que lhe salvasse a mulher. Que lhe salvasse a mulher, e prometia-me trezentos, – não menos, – trezentos padre-nossos e trezentas ave-marias. E repetia enfático: trezentos, trezentas, trezentos… Foi subindo, chegou a quinhentos, a mil padre-nossos e mil ave-marias. Não via esta soma escrita por letras do alfabeto, mas em algarismos, como se ficasse assim mais viva, mais exata, e a obrigação maior, e maior também a sedução. Mil padre-nossos, mil ave-marias. E voltaram as palavras lacrimosas e trêmulas, as bentas chagas, os anjos do Senhor… 1.000 – 1.000 – 1.000. Os quatro algarismos foram crescendo tanto, que encheram a igreja de alto a baixo, e com eles, crescia o esforço do homem, e a confiança também; a palavra saía-lhe mais rápida, impetuosa, já falada, mil, mil, mil, mil … Vamos lá, podeis rir à vontade, concluiu S. Francisco de Sales.
E os outros santos riram efetivamente, não daquele grande riso descomposto dos deuses de Homero, quando viram o coxo Vulcano servir à mesa, mas de um riso modesto, tranqüilo, beato e católico.
Depois, não pude ouvir mais nada. Caí redondamente no chão. Quando dei por mim era dia claro… Corri a abrir todas as portas e janelas da igreja e da sacristia, para deixar entrar o sol, inimigo dos maus sonhos.
março 2nd, 2016 at 20:00
Zoto, leio mais tarde, nesse horário eu gosto de ver a escolinha no Viva.
Ademais sobre o quiz o MAG esteve quente, para ele era 21 para Paulo
e 10 para Sérgio , e os números respectivamente 7 e 3.
março 2nd, 2016 at 20:08
A propaganda é a arma do negócio Maringá, sempre rendeu boas discussões e polêmicas sempre alavancaram bilheterias.
março 2nd, 2016 at 21:45
32- pensando bem, fosse a resposta do quiz 21 como disse o Mag, o Paulo necessariamente saberia qual a soma do Sergio, mas Sergio como tinha 10 não poderia ter absoluta certeza do produto de Paulo visto
que poderia haver outras variantes quanto a 28 só 4 e 7.
Com mais um pouquinho de trabalho o Mag chegaria.
março 2nd, 2016 at 22:20
FAZENDEIRO ESCOCÊS
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O nome dele era Fleming e era um pobre fazendeiro escocês. Um dia, enquanto trabalhava para ganhar a vida, o sustento para sua família, ele ouviu um pedido desesperado de socorro vindo de um pântano nas proximidades. Largou suas ferramentas e correu de encontro aos gritos. Lá chegando, enlameado até a cintura, encontrou um menino gritando e tentando safar-se da morte. O fazendeiro Fleming salvou o rapaz de uma morte lenta e terrível.
No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chega à humilde casa do escocês. Um nobre elegantemente vestido sai e apresenta-se como o pai do menino que o fazendeiro Fleming tinha salvado.
– Eu quero recompensá-lo, disse o nobre.
– Você salvou a vida do meu filho.
– Não, eu não posso aceitar pagamento para o que eu fiz, responde o fazendeiro escocês, recusando a oferta. Naquele momento, o filho do fazendeiro veio a porta do casebre.
– É seu filho? perguntou o nobre.
– Sim! o fazendeiro respondeu orgulhosamente.
– Eu lhe farei uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como seu pai, ele crescerá e será um homem do qual você terá muito orgulho.
E foi o que ele fez. Tempos depois, o filho do fazendeiro Fleming formou-se no St. Mary’s Hospital Medical School de Londres, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor Alexander Fleming, o descobridor de Penicilina.
Anos depois, o filho do nobre estava doente com pneumonia. O que o salvou? Penicilina. O nome do nobre? Senhor Randolph Churchill. O nome do filho dele? Senhor Winston Churchill.
Alguém disse uma vez que a gente colhe o que planta.
Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro.
Ame como se você nunca tivesse tido uma decepção.
Dance como se ninguém estivesse te assistindo.