12 de novembro

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A PEC 287/16 tem o potencial de transformar o Brasil no pior país para se aposentar ou esse é mais um discurso populista?

Parte III

CRISE NA PREVIDÊNCIA – A RAIZ DO PROBLEMA

 

O IBGE em 2016 estimou que existe 138 milhões de brasileiros em idade laboral, de 16 a 60 anos de idade. Destes, só 38 milhões e 600 mil possuem carteira assinada (celetistas), 11 milhões são funcionários públicos, totalizando  apenas 49 milhões de contribuintes previdenciários.

 

 

Ou seja, numa conta rápida estão faltando quase 85 milhões de brasileiros que não conseguem se adequar a legislação brasileira, estes estão subempregados ou desempregados, que além de não contribuírem para a previdência,  estão também totalmente a margem na legislação, inclusive sem proteção da CLT e tão pouco pela Constituição Federal em seu 7º artigo em seus 34 artigos. Isto sem contar que 30% da população carcerária hoje, sequer possui certidão de nascimento.

 

Então a crise previdenciária enfrentada advém de um problema muito mais grave, que não é conveniente para oposição tocar no assunto, principalmente próximo de novas eleições. Afinal, hoje, menos da metade dos trabalhadores brasileiros, são os que sustentam a Previdência no país. Algo que a esquerda, em seus 13 anos de poder, também não fez nada para resolver, negando o problema.

 

É preciso aceitar que nestes últimos 30 anos, neste período chamado de nova democracia, não fizemos a lição de casa! Não preparamos nossos trabalhadores, que estão em idade laboral, para o mercado de trabalho com a educação adequada. E muito menos preparamos o país economicamente para absorver essa força produtiva. Por isso que a maioria dos trabalhadores ou estão desempregados, ou são informais e por consequência não contribuem para a previdência.

Por isso que não dá para condenar a Reforma da Previdência agora!!! Aos opositores e esquerdistas,  é preciso admitir que a culpa também é do PT para as coisas estarem do jeito que estão.

 

Neste momento, a reforma é mais um remédio AMARGO para evitar que o paciente venha a óbito.  Infelizmente não é a solução do problema! Como também não é a solução jogar a culpa nas empresas devedoras do INSS, pois o PT também teve 13 anos para cobrar, ou para reformar e não fez nenhum dos dois.

 

A solução, como já dito, é na base educacional. Com Educação de Qualidade, também se resolve outros problemas pós-ditadura, ou seja, se diminui a população carcerária a longo prazo, resolvendo a “insegurança” pública a médio prazo, pois cria jovens atuantes e pensantes, bons eleitores com formação necessária para questionar e não se deixar ser enganados por histórias da carochinha de partidos políticos interessados apenas em seus ganhos. E claro, equaliza melhor a economia, o mercado de trabalho, com novas empresas, empregos e os contribuintes previdenciários. Basta que nossos congressistas se dediquem a resolver os problemas de base do país.

 

É preciso fazer o que não foi feito desde o período da transição militar que se finalizou em 1985. Sempre se ouviu dizer que o Brasil é o país do futuro, e porquê ainda não é? Porque sempre se joga para o futuro, o que é preciso fazer hoje.

 

Mais do que construir novas unidades prisionais, para garantir segurança; instituir novos impostos, para cobrir a dívida pública ou se realizar reformas para evitar a quebra da previdência, é preciso investir na educação de base, na cidadania destas crianças, em infraestrutura que suporte estes novos profissionais, inclusive dando condições para que os atuais empreendedores e trabalhadores informais se regularizem. Assim, além de contribuir previdenciariamente, poderão sustentar suas famílias, garantindo que as crianças que estão nascendo possam viver com dignidade, com direito a estudo, família, alimentação e um futuro.

 

LEIA MAIS

PARTE I – PANORAMA GERAL

PARTE II – QUEM DEFENDE O BRASIL

PARTE IV – FIM DOS PRIVILÉGIOS

 

 


Largado por Kendra Chihaya | Largue primeiro | Visualizações: 1633


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