Inzame di prósta du minerim
O minerim foi fazer um exame de prósta, lá em Belzonti.
Se achegô mei discunfiado, mais crio corage e entrô no cunsultoro.
Dia seu dotô, num dá pra sabe só co resurtado do inzame de sangue, o tar PSA?
— Isso não é possível, a prática correta é o exame de toque retal. Nele vou saber o tamanho e estimar possível rugosidade.
Mais dotore, deixa intão pra otro dia…
De jeito nionhum, aqui é assim, entrô, examinô, nunca deixei nenhum paciente sair sem ser vasculhado.
Para você ter uma ideia, outro dia o carteiro entrou aqui e levou dedada… E olha que a carta era pro médico do consultório ao lado, errou a porta, já era.
-Intão vai uai, vamo fazê o tar do inzame…
— Muito bem Sr baixe a cueca deite na cama, arquei levemente os joelhos e relaxe…
— Uai é pra ficá feito esses frango de padaria?
— Isso mesmo Mineirim, e relaxa.
— Maise doutore, o sinhô tem u dedo muito grande.
— Bobagem eu utilizarei um gel lubrificante importado.
—Intão vai logo sô.
Quando o médico colocou o dedo de uma só vez, ele disse:
— Num tô güentanu não, dotô; vô gritá!
O médico, alertou:
Eu acho melhor não gritar.
– Caus diquê?
A recepção tá lotada de pacientes aguardando e vai ficar muito feio para você.
E o médico continuou o exame. E o minerim continua falando:Dotô, eu vô gritá!
E o médico diz:
— Aguenta, estou quase acabando!
E o mineirinho diz mais uma vez:
— Num tô guentanu, vô tê qui gritá!
O médico, impaciente, apelou:
— Grita então Cumpadi!!!
– ÔÔÔ, TREM BÃO, SÔÔÔÔÔÔÔ!!
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